Por definição, repertório significa um conjunto de conhecimentos, de obras ou uma lista de assuntos e conhecimento sobre algo. Ou seja, nosso repertório criativo é o somatório dos conteúdos que consumimos e experiências que vivenciamos.
E quando o assunto é criatividade e geração de boas ideias, é exatamente esse caldeirão de conhecimentos que alimenta nosso processo de criação. Seja para criar um post, um serviço, marca ou até mesmo a estrutura inteira de um negócio.
Porque tudo o nutre nosso repertório, tem influência direta na forma como pensamos e interpretamos o mundo.
E todas aquelas ideias incríveis e comunicação criativa que tanto nos inspira, é o resultado das conexões e associações criativas que a criatividade faz com o que temos dentro do nosso repertório.
E quando se trata de repertório criativo, não existe conteúdo inútil. Existe conteúdo não estruturado e consumido em atenção e intenção. Esse sim só serve para ocupar espaço no seu HD interno e alimentar a síndrome da impostora.
Agora, quando você desperta sua criatividade, aprenderá a estruturar conhecimentos no seu repertório criativo de modo a facilitar as associações criativas para gerar boas ideias.
Nosso repertório criativo abrange todo nosso conjunto de aprendizados e conhecimentos, sejam aqueles que foram aprendidos formalmente na época de escola ou especialização, como também os aprendizados informais que absorvemos ao longo da nossa vida.
Sabe aquelas conversas de corredor na empresa na hora do cafezinho?
Aquele atendimento ruim que você presenciou em uma loja?
Sabe aquele filme que você assistiu para dar aquela relaxada no sofá?
Pois é.
Dá para aprender um bocado de coisas com cada interação que temos durante o dia. Até mesmo nas mais simples.
Nossas escolhas além de aumentarem nosso repertório criativo, falam muito sobre nossas paixões e nossos principais talentos.
Quer ver?
Quais as séries e filmes que você mais curtiu?
Por que gostou tanto destas séries?
Existe alguma ligação desse assunto com o tipo de trabalho que gosto de fazer?
Pra te ajudar com essa exploração criativa, vou compartilhar alguns exemplos de como crio esse link partindo das séries e coisas que amo consumir e pesquisar, mas que não necessariamente se classificam como conteúdos técnicos. Bora?
• Billions e House Of Cards - a destreza de ler nas entrelinhas, narrativas de argumentação, poder das influências.
• Merlí - professor de filosofia (que amo) mostra a potencia que é ensinar usando estratégias fora curva para ensinar. Que quando temos paixão pelo que fazemos somos capazes de impactar, inspirar e nos conectar verdadeiramente com os outros.
• MindHunter - comportamento, pesquisa, estudo da forma de pensar das pessoas, a busca por padrões para chegar a uma solução.
• Black Mirror - futurismo e inovação! Construção de futuros possíveis! Como a tecnologia molda a forma como vemos e interagimos com o mundo!
Agora, os meus preferidos:
• Sherlock - Ao assistir a série protagonizada por Benedict Cumberbatch, que trás uma adaptação das histórias de Sherlock Holmes para o século 21, imediatamente me apaixonei pelo universo de Sherlock Holmes e sua incrível arte de observação. Em outras palavras, ver o que importa! Vejo nas histórias de Sherlock Holmes criadas por Arthur Conan Doyle, o resultado de um grande processo de observação do comportamento humano e suas motivações por parte do autor. Podemos nos beneficiar e nos inspirar tremendamente com forma de observação e raciocínio de Sherlock, podendo aplicar isso aos nossos processos criativos e de inovação!
• Star Wars - É só o mais incrível universo estético e narrativo que atrai fãs fiéis e apaixonados desde 1977. O primeiro filme da saga (1977) está entre os 10 Primeiros BLOCKBUSTERS da História de Hollywood. George Lucas mudou a forma de se fazer cinema com Star Wars, seja pela forma de produzir histórias como também pela forma de gerir um negócio no ramo cinematográfico, segmento que até então estava estagnado de ideias e com muitos dos grandes estúdios indo à falência. George Lucas para se manter fiel às suas histórias, migrou para a produção independente de seus filmes, o que acabou fazendo de suas empresas um berço para inovação. Fornecendo tecnologia para a elaboração de efeitos especiais para outros estúdios. Ah, se você gosta de assistir animações como Toy Story e Monstros S.A, mande um obrigada para o Sr. Lucas, já que a
PIXAR nasceu dentro da Lucasfilm, que um ano mais tarde foi comprada por Steve Jobs.
Todo esse movimento para produzir seus filmes de modo independente partiu do desejo de George Lucas de ter maior liberdade criativa para se manter fiel à sua visão de negócio. E adivinha qual é o tema central de toda a saga de Star Wars? Liberdade de escolha.
Será que eu amo ao Star Wars?!?!
Percebe como tudo o que extraio das séries que gosto se relaciona com o meu trabalho e universo de marca?
Porque tudo isso em certo ponto dialoga com meus talentos, valores e processos. O que alimenta meu repertório para buscar analogias, associações e histórias para embasar uma explicação ao criar conteúdos. De modo a tornar a absorção desse conhecimento mais leve. e divertido para quem o consome.
Outra coisa importante sobre esse tipo de conteúdo é que eles são ótimos para nos fazer relembrar conhecimentos já aprendidos.
Eu leio, estudo e pesquiso muito conteúdos de cunho técnico para tornar as minhas soluções cada vez mais robustas e diferenciadas. Afinal de contas, meu maior ativo de marca é o meu capital intelectual. E claro, a maneira como uso de forma inusitada, criativa e estratégica.
Já parou para pensar nisso? Que seu seu capital intelectual — repertório criativo — é um ativo de marca valiosíssimo?
Quando leio, pesquiso e assisto documentários sobre os bastidores de criação do universo de Star Wars, assim como as histórias de Sherlock Holmes, gosto de classificar eles como conteúdos recreativos. De modo a estruturar eles no meu do eixo de conhecimentos generalista do meu repertório criativo.
Conteúdos generalistas que são a base essencial para o surgimento das boas ideias!
É um tipo de conteúdo que gera associações entre as informações do nosso repertório criativo.
Como resultado, costumo ter ótimos insights e ideias para criar conteúdos para minhas redes sociais como para minhas alunas do curso Despertar Criativo.
E de quebra, ainda consigo usar todos esses códigos visuais e referências existentes de forma que quando você ver algo sobre Star Wars ou sobre Sherlock por aí, você vai lembrar de mim. 😊
Assim como usamos o movimento do vento e das águas, que são forças que já existem na natureza para produzir energia, eu uso a força e potência de universos como Star Wars para dar impulso e retenção ao meu universo de marca. Pegou o insight bônus aqui? ⚡️
Cada série, filme ou livro que você devora, é uma fonte de pesquisa criativa para alimentar a diversidade do seu repertório.
E diversidade é fermento para a criatividade, que é matéria prima para você inovar e transbordar sua personalidade em tudo o que faz.
Então é hora de colocar suas referências e repertório criativo pra jogo!
O que suas últimas escolhas ao consumir conteúdo dizem sobre você?