Você sabe cometer erros? Consegue compreender a origem de um erro para então o corrigir e dele obter algum aprendizado?
Sou uma apaixonadas por pesquisar tendências e processos de inovação, e com frequência observo debates sobre as abordagens e metodologias aplicadas em startups na intenção de promover e fomentar inovação.
Uma questão que é sempre muito pontuada nessas conversas, se refere à nossa capacidade de abraçar os erros na jornada de criação e busca por diferencial e evolução.
Veja que quando estamos em um movimento para tirar uma ideia do papel que seja uma novidade para o mercado, quase não existe parâmetros com que se referenciar. É como dirigir em uma estrada com neblina fechada.
Tem momentos em que navegamos rodeados de algumas incertezas, portanto na busca do acerto, erros acontecerão ao longo do caminho. Isso é natural.
O erro é um fator presente em qualquer processo de criação e desenvolvimento. Se você não está errando, algo já pode estar errado.
Dele construímos aprendizado para corrigir a rota do projeto e pescar novas insights.
Até aí você já deve ter ouvido falar sobre isso, estou certa? Mas ok, mesmo fazendo parte, mesmo muita gente sabendo que isso faz parte, quantas pessoas realmente compreendem isso?
Fiquei com isso na cabeça e senti um desejo de compartilhar isso para saber se isso faz sentido para você também. Já pensou que existe um jeito certo para errar?
Dentro do processo criativo, o erro é previsto e trabalhado como gerador de aprendizagem e novos insights.
Um erro pode ser a ideia semente para uma ideia incrível e de alto potencial!
Designers tendem a lidar com erros com maior naturalidade, isso porque somos treinados para reconhecer o erro e trabalhar com ele dentro de cenários com riscos calculados. Caso contrário, seriamos um tanto inconsequentes.
Mas o que quero dizer aqui, é que saudável normalizar a possibilidade de errarmos durante o desenvolvimento uma ideia. Essa bandeira deveria ser levantada não só por designers, mas mentores, professores, gerentes, CEOs, líderes, etc.
De modo geral, em todos os segmentos de mercado precisamos incentivar uma virada de chave para uma mentalidade que abrace o erro como parte do processo. Não tenho dúvidas que isso seria uma grande força de impulso para empresas inovares e se destacarem.
Que as pessoas possam identificar o erro sem ter que se preocupar com julgamentos e críticas tóxicas.
O medo de errar é uma porta de entrada para um universo de autossabotagem que nos impede de colocar nossos diferenciais e ideias pra jogo.
E então, como fazer isso em um mundo onde é exaltada a eficiência e o acerto?
Você errou, e agora? O que fazer com essas informações? Como extrair o aprendizado? Como compartilhar esse aprendizado? Como registrar este aprendizado para que outras pessoas não necessitem cometer esse mesmo erro novamente? Como saber se estamos corrigindo o processo e não somente atacando superficialmente o sintoma?
Quando sua produtividade está baixa, será que isto está acontecendo em razão de desleixo? Por acúmulo de tarefas? Será que mesmo com toda sua competência técnica, você tem também perfil comportamental para exercer tal atividade? Será que tem perfil para empreender esse tipo de negócio?
Na minha visão designer e facilitadora criativa, te convido e imaginar este cenário, se é que você não está vivendo algo parecido, por onde você começaria a buscar o erro e seus ajustes? Você saberia identificar a procedência do erro? Saberia como proceder nas ações para mudar os resultados indesejados?
Aprender a errar é possível, viável e não precisa onerar grandes investimentos. Cometer o erro da forma certa é justamente evitar grandes investimentos de forma inadequada.
Logo, não se frustre se neste momento está difícil acolher uma abordagem mais amigável frente ao erro na sua rotina. Lembre-se, um passo de cada vez. Viva e respeite seu processo.
Para refletir:
• Como você se sente perante aos seus erros?
• Suas falhas?
• Perante um erro, você desiste ou aprende com o ocorrido e tenta novamente outro caminho?
• Como você registra este aprendizado?
• Falando em aprendizado, será que seus resultados indesejados não podem estar ocorrendo por você estar estudando e buscando conhecimento de forma ineficiente?
• O que você faz para buscar a origem do erro de processo?
• Como você está comunicando seus sentimentos perante seus erros e o erros dos outros?
• O que você faz para mudar as coisas?
Por mais simples que sejam estas perguntas, compreender esse processo em nós mesmas em nível de percepção e comportamento, faz toda a diferença para começar uma virada de chave de mentalidade.
Erros produtivos geram aprendizados. Eles nos revelam variáveis não pensadas durante o planejamento. E claro, partindo disso tempos a chance fazer novamente com mais assertividade.
Lembre- se sempre disso: Algo saiu errado? Qual foi a causa origem desse erro? Descobriu e teve um aprendizado com isso? Transforme esse erro produtivo transformando ele em um produto ou conteúdo.
Quando você entender que com criatividade pode monetizar seus tropeços e aprendizados, o jogo muda figura.
Agora te pergunto, diante desse cenário que eu pincelei aqui e suas reflexões a respeito deste assunto, caiu alguma ficha para você? Alguma tomada de consciência? Se identificou com algo? E se não se identificou com nada, que ficha caiu para você? Que decisão você toma?
Já passou ou presenciou situações onde o erro é punido severamente e evitado como se ele fosse uma força maligna? Compartilhe! Sua experiência como você se sentiu e/ou o que fez a respeito! Sua história pode ser luz, farol na vida de outra pessoa!
Um brinde aos bons e lucrativos erros!
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